Olá caros professores e estudantes da EDUCAÇÃO.
Vamos falar um pouco sobre uma importante avaliação em larga escala, de natureza internacional, que é o PISA - Programa Internacional de Avaliação de Alunos.
O último resultado é refente à avaliação ocorrida em 2012. Houve outras avaliações nos anos 2000, 2003, 2006 e 2009.
O PISA avalia os conhecimentos e habilidades em leitura, matemática e ciências. Os avaliados são estudantes de 15 anos.
O nível máximo a ser atingido é o 6. 49,2% dos estudantes brasileiros não alcançam o nível 2. Em leitura, o Brasil está abaixa de países como Chile, Uruguai, Romênia e Tailândia. No ranking de matemática, o Brasil se encontra atrás até mesmo da Albânia. Já no de ciências, nosso país perde para países como Vietnã e Jordânia.
A falta de habilidade em leitura é o mais preocupante. A leitura é uma competência fundamental que promove a compreensão do mundo e dos fatos sociais. Pode-se afirmar que a população jovem brasileira (como deve ocorrer com a maioria da população adulta também) é analfabeta funcional (saber ler, mas não compreende o que lê). Está aí um elemento negativo que impede o crescimento de nosso país - embora seja festejado pelos nossos políticos.
Nos últimos anos, o Brasil colocou mais alunos na rede escolar pública. Porém, como se observa, houve um processo de democratização e ampliação da escolaridade de forma quantitativa e não qualitativa. Aliás, há tempos a educação brasileira foca mais quantidade do que qualidade. O resultado acaba sendo sempre a formação de uma legião de estudantes com diplomas e certificados em mão, porém, sem as competências e habilidades necessárias. Aliás, isso ocorre também nas faculdades, nos cursos profissionalizantes, nos cursos técnicos e em outros não regulares oferecidos por todo o país.
Diante disso, aproveito esse momento para fazer uma crítica: há muito tempo a família brasileira prefere notas 10 a aprendizado de verdade, e professores correm atrás de diplomas e certificados como o "gato corre atrás do rato". Porém, nesse circuito vicioso,não há aprendizado, não há a formação de profissionais realmente competentes. E, infelizmente, mais uma vez, provamos o sabor da derrota, pois o Brasil está lá, bem lá atrás, na EDUCAÇÃO INTERNACIONAL.
Quanto ao poder público, já sabemos do seu descrédito!
E agora!, o que fazer para mudar esse cenário? Vamos levantar ideias que sejam capazes de melhorar esse cenário, partindo-se das famílias. Mas essa será uma análise do próximo texto.
Vinícius Reccanello de Almeida
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