sexta-feira, 8 de novembro de 2013

DIRETO AO PONTO: JUVENTUDES E SEXUALIDADE

JUVENTUDES E SEXUALIDADE 
(Miriam Abramovay, Mary Garcia Castro e Lorena Bernadete Silva).

Considerações mais importantes para a prova da SEE-SP/2013

Pontos relevantes:

a) iniciação sexual dos jovens;
b) gravidez juvenil;
c) contracepção;
d) aborto;
e) violências;
f) preconceitos e discriminações;
g) perspectivas dos jovens sobre os temas anteriores;

"Juventudes" - termo no plural para ressaltar a complexidade e os diferentes contextos desta faixa etária. Não há uma única juventude, mas uma pluralidade.

A juventude é um ciclo decisivo para a demarcação de diferenças de gênero no campo das identidades.

Conhecer o pensamento dos jovens é importante para o direcionamento de políticas públicas.

As questões relacionadas à condição de classe não aparecem como pontos relevantes para subsidiar a discussão sobre sexualidade e juventude. O foco está nas questões de gênero.

GRAVIDEZ
Gravidez juvenil - existem discriminações e preconceitos sofridos por jovens grávidas e mães solteiras, no ambiente escolar.

Prevalece a ideologia de que cabe às mulheres a responsabilidade de evitar a gravidez.

AIDS
O número de casos de AIDS diagnosticados entre jovens de 13 a 19 anos cresceu 75% entre 1991 e 2000, e a taxa de incidência de AIDS no país passou de 0,75 por 100 mil mulheres de 13 a 19 anos, em 1991, para 1,86 em 2000.

CAMISINHA
Há uma tendência entre os jovens do gênero masculino a negligenciarem a prevenção, fato que se dá a partir de uma construção simbólica de masculinidade, na qual se consideram onipotentes ; neste sentido, a confiança aparece como tema comum em muitos discursos que buscam justificar o não-uso da camisinha.

Muitas jovens não exigem o uso da camisinha pelos homens para não quebrar o "clima", por vergonha ou por pensarem que esta atitude deve partir deles.

ABORTO
A maioria dos jovens e pais entendem como justificável o aborto em casos de estupro ou quando a mãe corre perigo de vida.

RACISMO, SEXISMO E HOMOFOBIA
Acabam não sendo percebidos como algo negativo ou intencional por serem recorrentes ou sutis.

Não há uma orientação única sobre sexualidade entre os jovens. Percebem-se variações regionais e diversidade de posturas por gênero (por isso o pluralismo - juventudes).

Recomendações para a comunidade escolar:

1 - investir em programas nacionais e regionais;
2 - documentar experiências inovadoras sobre educação sexual e constituir redes de intercâmbio;
3 - investir em pesquisas;
4 - apoiar redes de direitos humanos;
5 - fortalecer movimentos sociais;
6 - apoiar projetos com a intenção de construção de masculinidade avessa a estereótipos;
7 - investimentos em espaços para escuta e debate com os pais;
8 - formação de jovens multiplicadores;
9 - capacitação de professores;

Políticas públicas:

1 - devem ser sensíveis às questões de gênero, contribuindo para o princípio da equidade;
2 - devem respeitar às diversas orientações sexuais;
3 - precisam estar voltadas para a criação de escolas mais democráticas, com melhor qualidade, que se comprometa com os conteúdos e com a ética de boa convivência e das necessárias relações com a cultura juvenil;

Vinícius R de Almeida









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